A.·.R.·.L.·.S.·. Primeiro de Janeiro nº 113 – GLESP
Fundada em 13 de agosto de 1960 – Rito Escocês Antigo e Aceito

A Augusta e Respeitável Loja Simbólica Primeiro de Janeiro nº 113, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo – GLESP, foi fundada em 13 de agosto de 1960. Tem como pilares o compromisso com os ideais da liberdade, igualdade e fraternidade, além do constante aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual de seus obreiros.
Praticando o Rito Escocês Antigo e Aceito, um dos mais tradicionais e simbólicos da Maçonaria Universal, a Loja mantém suas sessões com profundo respeito à liturgia, à disciplina ritualística e aos valores que moldam o verdadeiro espírito maçônico.
Em agosto de 2025, a Loja Primeiro de Janeiro nº 113 alcançará uma marca histórica: 65 anos de fundação. São mais de seis décadas de trabalho contínuo, formando homens livres e de bons costumes, promovendo ações de beneficência e cultivando a fraternidade entre irmãos que compartilham ideais elevados de justiça, ética e sabedoria.
Ao longo de sua trajetória, a Loja consolidou-se como um importante pilar do Oriente de São Paulo. Mantém-se firme em sua missão de contribuir com a sociedade, defender os princípios da Maçonaria Regular e fortalecer os laços entre seus membros.
Com gratidão aos Irmãos fundadores e aos que, ao longo do tempo, sustentaram esta coluna de luz, a Loja Primeiro de Janeiro nº 113 segue viva, atuante e comprometida com seu passado, presente e futuro.
Fundação da Loja 1º de Janeiro
A ideia de fundar uma loja maçônica, nasceu na Rua Barão de Itapetininga, no escritório do Sr. Bruno Michelini, onde se reuniram para pôr em prática uma ideia os irmãos Bruno Michelini, Rubem Tachilitsky, Rafael Simioni, Gerson Selmo, Osvaldo Batista de Mendonça, Vitorino dos Santos, José Rodrigues Teixeira Jr., José Garcia da Silveira Sobrinho, entre outros.

Rubem Tachilistisk, um de nossos fundadores
Dando entrada na Grande Loja, do pedido de fundação da loja, deu-se início com a Carta Constitutiva Provisória. Adotou-se o nome de Primeiro de Janeiro, nome escolhido pois a data faz referência ao Dia Mundial da Confraternização, lembrando os preceitos máximos da Fraternidade, sendo atribuído à loja o número 113.
Fomos instalados numa loja maçônica, na Rua Oriente, e nessa ocasião foi iniciada a construção do Palácio Maçônico da Rua São Joaquim, 138, sendo Grão-Mestre na ocasião o Irmão Francisco Rorato, e o Irmão Bruno Michelini era o tesoureiro.
Fato pitoresco na Rua Oriente: o Irmão Santo Butugi nos cedeu o espaço para reunião provisória. Ele foi quase mordido por um cão, tendo sido aclamado pelo irmão como o “Irmão Guarda Cão”. Foi nessa reunião que o Irmão José Garcia da Silveira foi eleito o primeiro Venerável da Loja.
Em 1960, a Primeiro de Janeiro recebeu sua Carta Constitutiva definitiva e mudou-se para a Rua São Joaquim, no Palácio Joaquim Rorato.
Em 1974, na gestão do Venerável Hervê Cordovil, nos mudamos provisoriamente para o templo da Loja Estrela da Lapa, nº 07, onde ficamos por mais de um ano, até retornarmos ao Palácio Maçônico da Rua São Joaquim.
Em 1967, houve um desentendimento entre alguns irmãos, o que resultou na saída dos irmãos Bruno, Rubem, Simioni, Alexandre, Osvaldo, José, Walter Barzan, entre outros.
Na ocasião, o Irmão Grão-Mestre Wálter Denick conduziu o conflito e a paz retornou à Primeiro de Janeiro. Alguns dos irmãos conseguiram retornar.
Entre os diversos irmãos citados, como Antonio Fonseca, Weber Brigagão, Raimundo Faé, Alfredo Medeiros, Léo Romano, Silvio Cavalcanti, Emílio Cavalcanti, Carlos Roberto Medeiros, José Melo, entre outros, entraram em dissidência com a Loja e fundaram a Loja no Palácio do Espaço. Alguns Irmãos deixaram a Primeiro de Janeiro e retornaram às lojas de origem ou afastaram-se da maçonaria. Desde 1927, os irmãos Alexandre Borges Jr., Arnaldo, Walter, entre outros.
Alguns deixaram nossa Loja, como os Irmãos Olavo José Roberto Kfouri e Barbosa, filiando-se à Loja Orfeu Paraventi.
Em 2007, alguns irmãos, tais como Nelson Gomes, José Ribas, Antonio Rodrigues, Adilson Galinari, Valter Sevale, Aguinaldo Marini, Vitor Lukasevicius, fundaram a Loja Luiz Carlos Rocha, em homenagem ao nosso Irmão Luiz Carlos Rocha.
Em 2009, saíram 17 irmãos da ARLS Primeiro de Janeiro e fundaram a loja chamada Guardiões da Fraternidade.
Histórico da Fundação da Loja narrado pelo Irmão Angelo Sofia (Chico)
Augusta e Respeitável Loja Simbólica Primeiro de Janeiro 113
Estas informações, até minha iniciação, eram sempre comentadas comigo pelos irmãos Raphael Simioni e Bruno Michelini, ambos de inesquecível memória para todos quantos os conheceram, bem como por outros irmãos.
Diziam eles, que os primeiros encontros ocorreram no escritório dos irmãos Bruno e Gerson, onde eles, e outros mais, se reuniam por não concordarem com algumas coisas em suas Lojas, pois os irmãos eram de várias Lojas.
A primeira reunião aconteceu na Rua Oriente, 529, às 20h30min, conforme ata de 25 de agosto de 1959, sob a presidência do irmão Manoel Nóbrega Fernandes, o qual declarou que a reunião tinha por objetivo a fundação da Loja Maçônica com o nome Primeiro de Janeiro, integrante da Sereníssima Grande Loja do Estado de São Paulo. O irmão Nóbrega propôs que fosse constituída uma diretoria provisória, até que a mesma fosse aceita e regularizada. A proposta foi aprovada e a diretoria ficou assim constituída:
- Venerável Mestre Interino: José Garcia S. Sobrinho
- Primeiro Vigilante: Bruno Michelini
- Segundo Vigilante: Alfredo Fortini
- Orador: José Rodrigues T. Júnior
- Secretário: Gerson
- Tesoureiro: Osvaldo Batista de Mendonça
- Cobridor: Walter Gomes
- Chanceler: Raphael Simioni
- Mestre de Cerimônias: Manoel Nóbrega Fernandes
- Diácono: Rubens Tachilitsky
- Segundo Diácono: Vitorino dos Santos
Dos irmãos que participaram daquela primeira ata, conheci os irmãos Manoel dos Santos Fernandes, que foi quem fez a minha iniciação, indicado pelo Sereníssimo Grão-Mestre, por ser uma cerimônia de iniciação de 6 obreiros: José Garcia da Silveira Sobrinho, Bruno Michelini, Raphael Simioni, Walter Gomes e Rubem Tachilitsky. Os outros não faziam mais parte do quadro de obreiros.